Os Vikings chegaram ao Brasil no Século X
Por Jucelino Luz – viagem no tempo
O século X começou em 1 de Janeiro de 901 e terminou em 31 de Dezembro de 1000.
Um fato que foi escondido por muitos anos na história , os vikings são uma antiga civilização originária da região da Escandinávia, que hoje compreende o território de três países europeus: a Suécia, a Dinamarca e a Noruega. Igualmente conhecidos como nórdicos ou normandos, eles estabeleceram uma rica cultura que se desenvolveu graças à atividade agrícola, o artesanato e um notável comércio marítimo.
A vida voltada para os mares também estabeleceu o comércio nos mares como outra importante atividade econômica. Em várias incursões realizadas pela Europa Continental, os vikings conquistaram terras, principalmente na região da Bretanha, que hoje abriga do Reino Unido. Cronologicamente, a civilização viking alcançou seu auge entre os séculos VIII e XI.
O processo de invasão à Bretanha aconteceu nos fins do século VIII. No ano de 865, um poderoso exército de vikings dinamarqueses empreendeu uma guerra que resultou na conquista de grande parte das terras britânicas. Com isso, observamos a consolidação do um extenso território viking que englobava as regiões Centro-norte e Leste da Bretanha. Na mesma época, os vikings continuaram sua expansão em terras escocesas.
As habitações dos vikings eram bastante simples. Madeira, pedras e relva seca eram os principais elementos utilizados na construção das residências. Além disso, observamos que a distribuição espacial do lar era bem simples, tendo, muitas vezes, a presença de um único cômodo. Nas famílias um pouco mais abastadas, observamos a presença uma divisão mais complexa composta por salas, cozinha e quartos.
Em razão das baixas temperaturas, os vikings tinham a expressa necessidade de uma vestimenta que pudesse suportar as baixas temperaturas do norte europeu. Geralmente, combinavam peças de tecido com couro e peles grossas que pudessem manter o seu corpo aquecido. Além disso, podemos ainda destacar que toda a população apreciava a utilização de acessórios em metal e pedra.
A organização familiar viking tinha claros traços patriarcais, sendo o homem o grande responsável pela defesa da família e a realização das principais atividades econômicas. Dedicada aos domínios domésticos, a mulher era responsável pela preparação dos alimentos e também auxiliava em pequenas tarefas cotidianas. A educação das crianças era delegada aos pais, sendo eles que repassavam as tradições e ofícios vikings.
O rei era a principal autoridade política entre os vikings. Logo em seguida, os condes e chefes tribais também desfrutavam de grande prestígio e poder de mando entre a população. O poder de decisão entre os locais tinha certa presença entre os vikings. Reunidos ao ar livre, discutiam a elaboração de suas leis próprias e as punições a serem deferidas contra os criminosos.
Na era das aventuras marítimas dos Vikings (780 / 1070 d. C.) o resto da Europa cristã era menos propenso a sair. O Império Muçulmano – que controlava o Mediterrâneo – atingira sua máxima extensão partindo dos Pirineus, atravessando Gibraltar, dando a volta no Noroeste africano e através do Médio Oriente até as praias do rio Indo
No final do século VIII, com a subtaneidade do relâmpago, hordas de nórdicos – viajando por mar – abalaram os povos à volta do Mar Báltico e do Norte. Séculos antes, esses nórdicos de língua germânica tinham-se fixado na península setentrional da Europa, divididos em dinamarqueses, suecos e noruegueses. Aonde quer que os Normandos fossem através da Europa revelaram uma enorme capacidade de adaptação. Na França e na Alemanha encaixaram-se na hierarquia feudal, na Inglaterra catalisaram a nação para unificá-la e ajudaram a consolidar a Rússia com seu comércio o longo das vias aquáticas. Na Sicília desempenharam papel diferente, pois eles encontraram uma comunidade poliglota e muitas religiões e se tornaram mediadores.
Sob os auspícios tolerantes de um rei normando (Rogério II) a brilhante corte de Palermo se tronou uma movimentada encruzilhada na Europa, um lugar onde as ideias e as artes se cruzavam entre si. Além disso, foi um normando (Tancredo) que comandou a 1ª Cruzada na tomada de Jerusalém e, depois disso, fundou outra espécie de reino normando na Síria.
A chegada dos Vikings ao Brasil
Nesse processo de expansão, também responsável pela colonização de diversas terras nórdicas, os vikings acabariam antecipando em cinco séculos a viagem feita por Cristóvão Colombo e por Pedro Alvares Cabral . Por volta do ano 1003, segundo vestígios encontrados na costa leste do Canadá, um grupo de vikings dominou algumas terras nesta região investigada e chegaram com barcos no Brasil pela costa nordestina e de lá caminharão por longos dias e ficaram por mais de três meses no Brasil . e provavelmente deixaram alguns vestígios que podem identificar sua presença no Brasil muito antes de que Pedro Alvares Cabral , que apenas teve acesso em 1500 .E esses vestígios devem estar em algumas regiões que passaram bem como das provas materiais que levaram para Noruega, Dinamarca ou Suécia no Século X. Contudo, naquela época, as dificuldades de fixação e o confronto com os povos nativos acabaram dando fim a essa empreitada.
Com o processo de cristianização da Europa, ao longo da Idade Média, os vikings foram paulatinamente convertidos a essa nova religião. A dissolução da cultura viking acontece entre os séculos XI e XII. Os vários conflitos contra os ingleses e os nobres da Normandia estabeleceram a desintegração desta civilização, que ainda se encontra manifesta em algumas manifestações da cultura europeia.
Escandinavos chegaram ao Brasil bem antes de Pedro Alvares Cabral
Nada temos quanto a chegada dos portugueses ao Brasil , aliás, a maioria de nós somos descendentes da Lusitânia . Por outro lado, ninguém sabia em Portugal , talvez, nem o rei Manoel I e no Brasil ,quanto a chegada de Pedro Alvares Cabral, em 1500, de que haviam detalhes sobre as expedições vikings, mas certas rotas abertas por eles costumam ser atribuídas a grupos específicos. A expansão em torno do mar Báltico e pela Rússia foi provavelmente obra dos suecos (rota em vermelho). Já os noruegueses seriam os responsáveis pela colonização da Islândia, pela descoberta da Groenlândia e do Canadá (verde-escuro) – ou seja, teriam chegado à América quase cinco séculos antes de Colombo e de Pedro Alvares Cabral . A última grande rota era a dos vikings dinamarqueses, que controlaram parte da Inglaterra, cruzaram o estreito de Gibraltar e chegaram até a Itália (verde-claro) E também chegaram ao Brasil no começo do Século X .
Luta sem Chifres
Os vikings costumavam lutar a pé, usando uma espada como arma principal – mas carregavam também machado, lança e, às vezes, arco e flecha. Apesar de sua imagem ter ficado gravada no imaginário popular com aqueles capacetes de chifres, eles provavelmente só usavam essas peças em cerimônias religiosas
Casco
O desenho em forma de V, desenvolvido no século 8, tornava mais eficiente o deslocamento sobre a água do mar, permitindo maiores travessias. O casco – formado por pranchas de carvalho – era especialmente flexível, leve e resistente
Tecnologia avançada Os possantes barcos vikings tinham velas e cascos especiais
Mastro
Não existia só um modelo de barco viking. Mas havia geralmente algumas características comuns entre eles. O mastro, por exemplo, era feito de pinho e podia ser baixado e levantado durante a viagem, para adaptar-se às condições do vento e às necessidades da navegação
Vela
Foi a partir do século 9 que os barcos vikings passaram a ser impulsionados por vela, além dos tradicionais remos. Na forma de retângulo ou trapézio, a vela era feita com a lã de um tipo especial de ovelha, cuja oleosidade a tornava impermeável e ultra resistente
Remos e viagem em rumo ao Brasil
A chegada ao Brasil, foi muito difícil, estavam em cada barco, pelo menos 30 homens remavam o barco de cerca de 25 metros de comprimento, foram num total de quatro barcos do mesmo tamanho com muitos homens nesses barcos Eles entravam em ação nas manobras em águas rasas e na abordagem de navios inimigos e nesse caso nada encontraram a caminho das américas do Sul ,América do Norte e América Central . Um remo no lado direito da traseira da embarcação servia de leme. Para se protegerem, os vikings encaixavam escudos no casco e passavam os remos por um buraco no centro dele. E foi uma das grandes viagens feitas pelos Vikings deixando pistas e marcas que foram escondidas da população. Na área religiosa, aos vikings é atribuída rica mitologia povoada por vários deuses sempre adorados nos eventos coletivos. Várias histórias envolvem a luta entre os deuses nórdicos ou o embate entre as divindades e os gigantes. Odin por exemplo, era adorado como “o Deus dos deuses”. Thor era a divindade mais popular, tinha poder sobre os céus e protegia os vikings. Porém, ao longo da Idade Média, diante do processo de cristianização da Europa, os vikings foram lentamente convertidos a essa religião. Por fim, a dissolução da cultura viking ocorreu entre os séculos XI e XII.
Na esfera religiosa, os vikings eram portadores de uma rica mitologia povoada por vários deuses sistematicamente adorados em eventos coletivos. Várias histórias envolvem a luta entre os deuses nórdicos ou o conflito entre as divindades e os gigantes. Odin era adorado como “o Deus dos deuses”. Thor era a divindade de maior popularidade e tinha poder sobre os céus e protegia povo viking..
A partir do século 11, esse excedente populacional diminuiu, esgotando a capacidade dos clãs de recrutarem novos guerreiros para suas perigosas viagens. Foi o início do fim desse modelo de sociedade nos países nórdicos. O rei Olaf II Haraldsson, que subiu ao trono da Noruega no ano de 1015, é considerado o último chefe viking tradicional.
Por final, e diante de inúmeros conflitos contra os nobres da Normandia e os ingleses acaba-se por estabelecer o fim desta civilização, entretanto, ainda se encontra presente em algumas manifestações da cultura europeia
Professor Jucelino Nobrega da Luz
Jornalista – Mario Ronco Filho